Em 1917, Freud, o pai da psicanálise, desafia certas crenças coletivas sobre a humanidade e a civilização ocidental. Seu ponto principal nesta tese é que “não somos donos de nossas próprias casas”.
O que ele quis dizer com essa frase é uma grande provocação: por “casa”, ele se refere à nossa própria mente . Ou seja, Freud aponta que nós, seres humanos, não somos totalmente racionais e conscientes sobre tudo que acontece em nossa vida mental e que, na verdade, somos governados por forças que temos desconhecimento e que vão fora de nosso controle consciente de nossas ações e pensamentos.
Não à toa desconhecemos (ou sequer levamos em consideração) as estranhezas de nossos sonhos, as causas de nossos deslizes no cotidiano e, sobretudo, as raízes das dificuldades que carregamos no dia-a-dia. De modo geral, a Psicanálise nomeia isso como frutos de nosso Inconsciente.
Assim, o que podemos pensar (dentro de nossos limites) a respeito do desconhecido que habita em nós mesmos é que, a partir de nossa fala e gestos, podemos desvendar, aos poucos, sobre o que se trata esse tal de Inconsciente.
Em outras palavras, é a partir da terapia psicanalítica que podemos desvendar os “cômodos” dessa casa que nos habita, mas que ainda desconhecemos. De repente essa casa que desconhecemos seja um ótimo lugar para se viver!
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