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O terapeuta "parede com olhos e ouvidos"

  • Foto do escritor: paulomassuyama
    paulomassuyama
  • 26 de jan.
  • 1 min de leitura
Não é raro eu me deparar com um grande estereótipo a respeito de um certo tipo de terapeuta (especialmente do psicanalista): o que se parece com uma “parede com olhos e ouvidos”. Trata-se daquele que só “observa” e “ouve”, raramente falando alguma coisa. Alguns até que lidam bem com eles, mas outros com certeza não.

O que vale ser posto aqui é que o silêncio não é um vazio que precisa ser preenchido nas sessões. Pelo contrário, o vazio do silêncio é um convite para que o paciente mergulhe mais afundo em seu mundo interno.

Na verdade, ser uma “parede com olhos e ouvidos” significa ser uma presença sólida e confiável, com a qual o paciente pode se sentir seguro para expressar suas vulnerabilidades, medos e dúvidas com uma figura que não irá julgá-lo. Às vezes o silêncio é uma forma de o próprio terapeuta acolher o paciente.

Claro, não é como se todo terapeuta agisse dessa forma; cada um tem sua própria forma de trabalho e acolhimento, que também depende de como cada paciente se insere na terapia. Mas talvez esse não seja o ponto principal aqui. O que podemos nos perguntar é: será que não queremos um terapeuta silencioso, ou não podemos ter a presença de uma figura silenciosa?

Talvez o terapeuta “parede com olhos e ouvidos” não seja para você (e está tudo bem!). Por outro lado, talvez ele possa ser exatamente o que você procura. Mas isso podemos deixar para você descobrir pessoalmente.



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