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O excesso de preocupações (ou aquilo que chamamos de ansiedade)

  • Foto do escritor: paulomassuyama
    paulomassuyama
  • 26 de jan.
  • 2 min de leitura
O que podemos dizer sobre a ansiedade?

Vou ser bem sincero aqui: eu procurei inúmeras imagens na internet que pudessem representar a ansiedade de forma “adequada” para este post, mas, no final das contas, acabei escolhendo esse cachorrinho dentro do quadro “O Grito”. Por quê? Bom, porque... eu fiquei ansioso (e achei a foto engraçada).

É isso mesmo. Fiquei ansioso procurando uma imagem bacana para um post sobre ansiedade, e agora estou escrevendo, ansiosamente, sobre essa ansiedade. Acho que o cachorrinho representa muito bem essa situação.

A maior ironia na ansiedade é que, ao tentar lidar com ela, muitas vezes acabamos ainda mais ansiosos. Na verdade, talvez a própria ansiedade seja uma ironia gigantesca. Se temos que produzir, podemos ficar ansiosos com nosso desempenho; se precisamos decidir, podemos ficar ansiosos sobre possíveis arrependimentos; e até mesmo quando queremos relaxar, podemos ficar ansiosos por não estarmos fazendo outra coisa.

O ponto é que talvez nunca cheguemos a um momento em que deixaremos de ficar ansiosos. Vivemos em uma cultura e sociedade atravessadas pela pressa – a pressa nas informações, no cotidiano, nas experiências, na produtividade... enfim, a pressa na vida. Mas o que dá pra dizer é que, no final, não temos como acelerar nossos desejos.

Nossa grande necessidade de alcançar nossos ideais sempre vai nos frustrar. É quase como um paradoxo: quanto mais tentamos alcançá-los, mais nos afastamos deles, porque sempre enfrentaremos obstáculos – e a ansiedade é o produto clássico desse desastre paradoxal.

O que vale entender aqui é que, às vezes, nossos ideais mais nos paralisam do que nos movem.

Talvez eu pudesse ter achado uma imagem mais “adequada” para este post, mas talvez eu tenha feito bem trazendo esse cachorrinho engraçado. Acho que é sobre isso: reconhecermos que, em vez de mirarmos somente no “certo” ou no “errado”, podemos, também, considerar o “talvez”.



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